O dia que cunheci Falcão

Vocês que são meus fã sabe que sô uma nordéstina antíquada e muderninha.
Fui numa festinha de arromba ôtro dia, e cunheci Falcão. Ô bichinhu di nome feio, sô.
Só que vocês num sabe...a gente já se falávamos pela interneta. Aí, marcamu de í na festinha. Era o aniversário dum amigo nosso. Amigo dele não, meu. Porque ele é penetra toda vida. O desgramado se convidô, cês acredita?
E ainda quiria que nóis ficasse peranu ele. Ele vai pra festa de penetra e ainda quer pegar carona. Que busado ele!
Mas aí tá, né? Chegando lá, ele ficô danu pinta. Contô tudo as história quele vai contá aqui.
Oxe, preciso dizê que passaru sabão na minha interneta. Tá caindo que é um maravilha. Num consigo falá com a Gerôncia por nada nesse mundão, sê.
Aí, chegô a hora de í imbora. O aniversariante tomô uns pileque, o pai dele tava mais pilequento qui ele. Aí, ele pidiu pro tio trazê nois pra casa.
Minino, quando nóis vimo o carro, chegou doeu. Mas nóis torcia pra consigui pelo meno chegá em casa intêro.
Esquici de dizer...ô que coincidência. O nome do carro era Falcão tumém. Ih, tô sintindo um caso de amor nascendo.
Aí entramu no carro. Fui a úrtima. Rapaz, entrei parecendo um trepadeira. Todo torta. E ainda faltava Shêra entrá. Di lá di dentro, num se via nada. O vrido num tinha aqueles trequinho de desembaça e os vidro de traz tava tudo preto, ou branco, vai sabê.
Shêra fez o impusivo. Shera deitô no colo de todo mundo. E olha que eu sei como foi confortavi pra ela naquele dia especial ficá tão paradinha assim.
Aí foi um sacrifiço saí da festa, as buraquera já tinha tudo acabo cum nosso ossinho da bunda. Logo dispois, passamu nu quebra as mola. Oxe, o motorista num tinha visto. Aí danô-se tudo. Ficamos nóis lá remelexando parecenu um liquidificadô. A cabeça nem saía do teto mais. Eu e Tio Tchuco que tava nas ponta batia do lado do carro também. Aí passava do quebra as mola, a suspensão do carro tava que tava...ruim. Minino, a pancada radiava lá no cérebo. Achei qui fosse saí alejada de lá.
Fiquei a viage intêra pensanu em como eu ia fazê pra saí do carro. Tipo carro de circo, sabe? Tava cum medo de espirrar que desmontar pelo caminho.
Era um calô, uma emoção. Olha que até acho que tava frio e eu tava sintinu calô pur causa da emoção. E si num fosse pela emoção, pode tá certo que era pelo aperto. Num tinha espaço nem pra peidá. Quem ficô cus braço pro alto, já tava cum trombo de tanto não mexer.
A Shêra coitada, tava que nem que taco de sinuca. Batia cus juelho dum lado e cá cabeça do ôtro.
Nu final das conta tudo acabô bem. Chegamo tudo intêro em casa. Cás bixiga apertada, cum injôo assim tipo um bolo nu estrombo. Si nois tivesse bibido, tinha tudo saído os bofe pra fora. Mas Deus é certo, né? Não dá asa as cobra, porque se tivesse dado, meu espírito já tava cantanu pra subir ali.

2 comentários:

  1. Putz! Agora tô ligada... Bem que minha profª disse que sou meio torta! Que parece que vou cair pra direita quando tô em pé!

    Tudo bem, depois dessa só com terapia, néam?

    Grande (¬¬) Falcão...

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  2. É bom dizer que é um carro caixinha de fósforo que simplesmente não existe no mercado... e gente, o banco nem vai pra frente sabe!? vc se vira pra entrar...se vira literalmente! rs

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